Luís Filipe Vieira sublinhou, esta terça-feira, que está "super confiante" na inocência de Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico da SAD do Benfica, que vai a julgamento no âmbito do processo "e-toupeira".
"Sou amigo dele, foi e é um extraordinário profissional, deu muito ao Benfica. O Paulo Gonçalves vai enfrentar julgamento e estou super convencido de que ele não vai ser penalizado. A justiça vai funcionar. Vamos ver o que acontece. O Paulo Gonçalves ainda não foi julgado. Até agora, pelo que vi, não colocou em causa o bom nome do Benfica. Tantas coisas que ele fazia e não dizia. É um super profissional", enalteceu o presidente do Benfica, em entrevista à TVI.
Vieira salientou que Portugal é um Estado de direito e que acredita "cegamente na justiça". Prova disso, sustentou, foi a ilibação do Benfica do caso "e-toupeira", por falta de provas de que os supostos ilícitos de Paulo Gonçalves seriam do conhecimento da SAD encarnada. Na altura, o juiz desembargador criticou a falta de investigação profunda sobre o caso.
"Ilibaram o Benfica do que quer que seja", sublinhou o presidente do Benfica. "Durante um ano, andaram a vigiar-nos, para chegarem à conclusão de que o Benfica nada tinha a ver com aquilo", acrescentou.
O presidente do Benfica salientou que "podem pensar o que quiserem" e garantiu que nada soube sobre os alegados crimes do ex-assessor jurídico da SAD que lidera:
"Sobre o Paulo Gonçalves ou o que se passou, eu soube pelos jornais. Nunca eu nem ninguém do Conselho de Administração soubemos de nada disso."
"Se o Benfica for condenado por corrupção, demito-me"
O presidente do Benfica mostrou, ainda, total tranquilidade no que toca ao desenvolvimento do processo "e-toupeira" e outros casos na justiça que envolvem a SAD encarnada. E deixou uma garantia.
"Estou de consciência tranquila. Se alguma vez o Benfica for condenado por corrupção, pedirei imediatamente a demissão. O Benfica ganhou dentro do campo. Alguns concorrentes nossos procuraram fazê-lo fora das quatro linhas. A mim, já me viraram para cima e para baixo. Já foram a minha casa quatro vezes. Podem investigar, é bom que se investigue. Aquilo que nos têm feito fora das quatro linhas é miserável. Mas continuem assim, que nos dão mais força", sublinhou.