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As principais marcas de combustíveis do mercado português só devem reflectir nas bombas os aumentos de 7,4 cêntimos por litro de combustível às 00h00 de sábado.
Ao que a Renascença apurou, a Repsol é a única empresa que claramente assume que será a essa hora que a generalidade dos postos da empresa vai actualizar os preços. Contudo, ressalva que algumas gasolineiras podem proceder aos aumentos ainda durante esta sexta-feira.
A Galp não quer fazer comentários, mas habitualmente as alterações de preço nesta marca são feitas à meia-noite. Na BP ainda está a ser analisada internamente a ordem para fazer subir o preço dos combustíveis.
O aumento será de 7,4 cêntimos porque aos seis cêntimos de aumento, decidido pelo Governo, é preciso somar os 23% de IVA, lembrou à Renascença António Comprido, o secretário-geral da Associação de Empresas de Produtos Petrolíferos (APETRO).
APETRO critica “surpresa”
A portaria nº 24-A, publicada na quinta-feira em “Diário da República” para entrar esta sexta-feira em vigor, estabelece um aumento de seis cêntimos por litro no imposto aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário.
O Governo justifica a decisão com o objectivo de "ajustar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) à redução do IVA cobrado por litro de combustível, atendendo à oscilação da cotação internacional dos combustíveis e tendo em consideração os impactos negativos adicionais causados pelo aumento do consumo promovido pela redução do preço de venda ao público".
A APETRO critica o Governo pela legislação “apressada” relativamente ao aumento dos combustíveis. “Foi uma surpresa. Perante tudo o que tinha sido dito até agora, parecia que este aumento de imposto seria consagrado com a aprovação do Orçamento do Estado e não de imediato”, diz Comprido à Renascença.
O aumento do ISP consta da proposta do Orçamento do Estado para 2016 entregue no Parlamento a 5 de Fevereiro.
Perante esta situação, a APETRO admite que em alguns postos de abastecimento os preços só sejam actualizados até sábado, o mais tardar. “Isso dependerá de cada operador e da facilidade que têm em fazer alterações”, explicou.