"Mais de 150 mil pessoas morreram e a nossa economia está num caos"
18-08-2020 - 06:56
 • Lusa

A apelar ao voto no democrata Joe Biden, a antiga primeira-dama americana diz que a vida dos norte-americanos depende disso.

A antiga primeira-dama Michelle Obama defendeu o voto em Joe Biden nas presidenciais de 3 de novembro, durante a Convenção Nacional Democrata, apelando aos eleitores para que votem "como se as suas vidas dependessem disso".

Num discurso em que recordou a violência policial e o racismo, mas também a pandemia, Michelle Obama apelou à mudança face à "total falta de empatia" do Presidente republicano, Donald Trump.

"Mais de 150 mil pessoas morreram e a nossa economia está num caos por causa de um vírus que este Presidente desvalorizou durante demasiado tempo", acusou.

"Se pensam que as coisas não podem piorar, confiem em mim, podem, e irão [piorar], se não fizermos uma mudança nesta eleição. Se temos alguma esperança de acabar com este caos, temos de votar em Joe Biden como se as nossas vidas dependessem disso", instou.

Michelle Obama denunciou ainda a "total falta de empatia" de Donald Trump, na primeira noite da convenção, afirmando que é "o Presidente errado" para os Estados Unidos e apelando à eleição de Joe Biden a 3 de novembro.

"Ele simplesmente não pode ser quem precisamos que ele seja para nós. É o que é", disse.

A antiga primeira-dama criticou também a gestão de Trump dos protestos originados pela morte de George Floyd às mãos da Polícia, em maio.

Recordando os nomes de Floyd e "das pessoas inocentes de cor que continuam a ser assassinadas", Michelle Obama apontou que "o simples facto [de afirmar] que 'as vidas dos negros contam' merece uma reação de derisão do mais alto representante da nação".

"Cada vez que olhamos para a Casa Branca em busca de liderança, ou conforto, ou alguma aparência de estabilidade, o que obtemos em vez disso é caos, divisão e uma completa e total falta de empatia", acusou a ex-primeira dama dos Estados Unidos, num discurso que encerrou a primeira noite da convenção, que se realiza de forma virtual, por causa da pandemia.

A convenção democrata, que arrancou na segunda-feira na cidade de Milwaukee, no estado do Wisconsin, decorre até quinta-feira, altura em que o antigo vice-Presidente Joe Biden deverá fazer o discurso de aceitação da candidatura democrata.