As autoridades pró-russas de Lugansk alertaram esta terça-feira que a Ucrânia poderá lançar a anunciada contraofensiva em 09 de maio, quando a Rússia celebra o dia da vitória sobre a Alemanha nazi, em 1945.
"Espera-se condições meteorológicas favoráveis para este fim de semana, o que permitirá às forças armadas ucranianas utilizar plenamente o equipamento e as armas fornecidas pelos países da NATO", disse um representante das autoridades pró-russas em Lugansk.
Andrei Marochko disse à agência noticiosa russa TASS que "o inimigo vai tentar ofuscar a celebração do Dia da Vitória".
A Rússia celebra a vitória na "grande guerra patriótica" da então União Soviética sobre as forças do regime nazi de Adolf Hitler em 09 de maio.
Marochko disse que as forças ucranianas estão atualmente a reunir armas e equipamento, e a formar grupos de ataque para "ações de contraofensiva em grande escala".
"Assim, no final desta semana e no início da próxima, há uma grande probabilidade de a Ucrânia retomar a fase ativa das ações ofensivas", disse à TASS, citado pela agência espanhola EFE.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, afirmou, na sexta-feira, que os preparativos para a contraofensiva ucraniana tinham entrado na fase final.
"Em termos gerais, estamos prontos", disse Reznikov à agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
Lugansk é uma das quatro regiões que Moscovo anexou em setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido a Ucrânia, juntamente com Donetsk, Kherson e Zaporijia.
A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas.
Kiev exige a desocupação das regiões anexadas, incluindo a Crimeia, como uma das pré-condições para eventuais negociações de paz.
A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento à Ucrânia para combater as forças russas e impuseram sanções económicas a Moscovo para tentar afetar o financiamento russo da guerra.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares na guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.