O Papa lavou os pés a 12 mulheres, esta tarde, na prisão romana de Rebibbia. Francisco celebrou missa ao ar livre, numa capela improvisada, debaixo de um toldo, junto ao estabelecimento onde se encontram 360 mulheres detidas. A maioria destas mulheres participou na celebração, juntamente com a diretora do estabelecimento e alguns guardas prisionais.
Na breve homilia que improvisou, o Papa disse que “Jesus perdoa tudo, perdoa sempre mas, da nossa parte, é preciso pedir perdão”. Francisco contou um episódio em que uma idosa lhe disse: “Jesus nunca se cansa de perdoar; somos nós que nos cansamos de pedir perdão”. E acrescentou: “Cada um tem a sua história, mas o Senhor espera-nos sempre e nunca se cansa de perdoar”.
No momento do lava-pés,12 detidas de diferentes idades e origens sentaram-se num estrado mais elevado. Francisco aproximou-se e, sentado na cadeira de rodas e em silêncio, lavou simbolicamente o pé de cada uma e beijou-o, sorrindo sempre. Muitas destas mulheres comoveram-se com a intensidade do gesto.
O capelão desta prisão, padre Andrea Carosella, revelou ao portal “Vatican News” que a presença do Papa fio para elas “um sinal da grande atenção à realidade carcerária e um grande encorajamento”, uma vez que o gesto de Jesus em lavar os pés aos apóstolos” revela a misericórdia e o amor de Deus que vai ao encontro dos sofrimentos e dores da humanidade”.
No final da celebração, o Papa distribuiu um ovo de chocolate gigante a todas as reclusas e um pequeno ovo Kinder a uma crianças cuja mãe está ali detida. E recebeu das reclusas um cesto
com produtos agrícolas cultivados dentro dos muros do cárcere e também um terço e quatro estolas liturgias bordadas nas oficinas desta prisão feminina.
Desde a sua eleição para a Sé de Pedro em 2013, que a opção de Francisco tem sido celebrar a missa da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, em instituições que acolhem pessoas em sofrimento ou isoladas socialmente.