O primeiro-ministro, António Costa, chegou a Kiev de comboio, este sábado, para uma visita de um dia à Ucrânia, que inclui uma reunião com o Presidente da República ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
O primeiro-ministro chegou pelas 8h32, vestido com colete anti-balas, numa zona reservada da estação de comboios de Kiev. À saída, prestou declarações aos jornalistas e revelou parte do plano para o resto do dia.
"Estou aqui para corresponder ao convite que o meu colega [Denys Shmygal] me dirigiu e para podermos concretizar os apoios que temos negociado de forma bilateral com a Ucrânia, para continuar a apoiá-los nesta luta muito dura pelo direito à soberania, à integridade territorial e à conquista da paz. É para isso que aqui estamos", afirmou.
António Costa adiantou, ainda, que vai visitar Irpin, nos arredores de Kiev, "uma das zonas mais afetadas" pela guerra.
No Twitter, António Costa deu conta da "emoção e respeito" com que chegou a Kiev, "em sinal de solidariedade" para com a Ucrânia e os ucranianos, "perante a bárbara agressão russa".
"Portugal apoia a Ucrânia", escreveu o primeiro-ministro.
Costa está em Kiev a convite do seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, depois de ter estado nos últimos dias na Roménia e depois na Polónia de onde partiu para uma longa viagem de comboio até à capital ucraniana.
O primeiro-ministro português, que está acompanhado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, e pelo embaixador de Portugal na Ucrânia, António Alves Machado, terá também um encontro com Denys Shmygal.
Nas suas sucessivas intervenções públicas, António Costa tem qualificado como "bárbara" a intervenção militar russa na Ucrânia, anunciou medidas de auxílio humanitário, financeiro e militar às autoridades de Kiev e manifestou apoio a todas as decisões da União Europeia de aplicar sanções ao regime de Moscovo.
No plano militar, esta semana, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, afirmou em Bruxelas que Portugal está a preparar o envio de mais 160 toneladas de material para a Ucrânia, incluindo equipamento militar.
Em relação ao auxílio humanitário, o primeiro-ministro afirmou que Portugal vai contribuir com 2,1 milhões de euros, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas e 1,1 milhões adicionais.