Há médicos que não estão a receber o salário com a atualização acordada com o Ministério da Saúde. O problema afeta o Centro Hospitalar de Lisboa Central, apurou a Renascença, mas não só.
“Não será só no Centro Hospital de Lisboa Central, mas em vários locais do país que nós estamos agora identificar, porque as pessoas estão aqui a ocorrer”, diz o presidente do Sindicado Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha.
Segundo Roque da Cunha, trata-se de um problema operacional está a travar o pagamento dos salários aos clínicos com as respetivas atualizações.
“Isso resulta da incapacidade que os serviços partilhados do Ministério da Saúde tiveram em o fazer. Estamos aqui a falar de cerca de 40.000 médicos”, explica.
“Há locais onde os colegas da Fnam, apesar de terem sido críticos em relação a este acordo, estão a ser pagos”, aponta o dirigente do SIM.
Ouvida pela Renascença, a presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, confirma falhas nos pagamentos.
“A forma de pagamento aos médicos não está a ser em conformidade com as tabelas moratórias que foram publicadas no dia 29 de dezembro”, denuncia, acrescentando que “o que está a ser aplicado é um aumento base de 3% da função pública e o resto do aumento está a ser pago sob a forma de um suplemento de 300 e poucos euros bruto”.
No caso do Centro Hospital de Lisboa Central, Joana Bordalo e Sá diz que a informação que dispõe “é esse suplemento está a ser aplicado” e, por isso, promete pedir esclarecimentos aos Governo.
A Renascença já contactou o Ministério da Saúde e aguarda também esclarecimentos do Centro Hospital Lisboa Central.