O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, garante que, em 2018, pelo menos sete mil professores vão já sentir alguma recuperação salarial.
“Já está garantido que em 2018 haverá já recuperação, nomeadamente para cerca de sete mil professores que estão no primeiro escalão e que são de todos os mais penalizados porque já deveriam estar em escalões acima mas entraram na carreira já no período de congelamento”, explica.
As negociações entre a tutela e os sindicatos prosseguem esta sexta-feira.
Nesta entrevista à Renascença, Mário Nogueira garantiu ainda que a reposição salarial do tempo de serviço para os outros docentes vai começar a ser paga até 2019.
A Fenprof esteve reunida com a tutela desde o início da noite de quinta-feira, um encontro que se prolongou pela madrugada dentro e deve ser retomada esta sexta-feira à tarde.
A Frente Sindical de Docentes e a Federação Nacional de Educação já tinham estado reunidas com o executivo, representado pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, e pela Secretária de Estado do Emprego e Administração Pública, Fátima Fonseca.
Estas duas estruturas sindicais tinham obtido resultados bastante diferentes, com o Governo a manter uma posição intransigente que remetia para a próxima legislatura qualquer pagamento relativo à reposição salarial da contagem de tempo de serviço congelado aos docentes, para além de pretender não contar o tempo congelado na totalidade.
Na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, que decorreu na quarta-feira no Parlamento, a secretária de Estado Alexandra Leitão afirmou que qualquer reposição do tempo de serviço dos professores ficaria de fora do próximo orçamento.
Na terça-feira, o primeiro-ministro anunciou que o cronómetro da carreira dos professores iria voltar a contar para efeitos de progressão, lembrando no entanto que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.