A afluência à Urgência Pediátrica do Hospital Distrital de Santarém (HDS) registou, em novembro, um aumento de quase 50%, comparativamente aos meses anteriores, e quatro vezes superior à do mês homólogo de 2021.
Em resposta à Lusa, o HDS salienta que na Urgência Geral o aumento da afluência “é semelhante ao período homólogo de anos anteriores”, contudo, “os doentes são mais graves e apresentam mais comorbilidades”.
Segundo o HDS, o aumento da afluência à Urgência Pediátrica "é um fenómeno global, que se observa um pouco por todo a país e em alguns países da Europa", estando "relacionada com o aumento dos vírus respiratórios".
Relativamente aos doentes não urgentes (correspondentes às pulseiras verdes, azuis e brancas), o Hospital de Santarém indica que, em novembro, representaram cerca de 50% dos episódios de urgência.
“Em 12.326 episódios, 6.088 dos utentes eram não urgentes”, acrescenta.
De acordo com os tempos de espera constantes do Portal do SNS, cerca das 15h15 desta segunda-feira, o atendimento na Urgência Geral do HDS demorava 22 minutos para doentes muito urgentes, com o registo de apenas uma pessoa nessa situação, uma hora e 22 minutos para doentes urgentes (seis pessoas), de três horas e 37 minutos para menos urgentes (12 pessoas) e quatro horas e 17 minutos para não urgentes (uma pessoa).
Na Urgência Pediátrica, 15 doentes menos urgentes aguardavam cerca três horas e 11 minutos para serem atendidos, não havendo registo de crianças a aguardar atendimento após triagem nas restantes situações.
O HDS acrescenta que não tem encaminhado doentes para outros hospitais e que, “apesar da escassez de recursos médicos e do período de férias, […] tem conseguido assegurar as escalas do Serviço de Urgência, à exceção, pontualmente, da especialidade de ortopedia”.