Vieira da Silva sai em defesa de Galamba. Quatro anos de escutas? "Não estou tranquilo"
07-01-2024 - 11:55
 • Susana Madureira Martins

O ex-ministro do Trabalho pede ao PS a defesa do Estado de direito, a "marca fundadora do PS. A Pedro Nuno Santos pede que seja "capaz de construir respostas adaptadas à situação".

Apoiante de José Luís Carneiro nas eleições diretas para a liderança do PS, José António Vieira da Silva subiu à tribuna no último dia do Congresso da FIL para dizer que não está "tranquilo".

Em causa estão as alegadas escutas judiciais de que o ex-ministro João Galamba foi alvo durante quatro anos na sequência da operação Influencer. "Se for verdade é grave, se for legítimo é grave, se for ilegítimo é grave. É sempre grave", acusou.

O dirigente nacional socialista avisou que "Quando pomos em risco os fundamentos da liberdade, da democracia e do Estado de direito, não podemos ignorar, não podemos fechar os olhos, não podemos fingir que não existe".

Vieira da Silva diz que "isto não é entrar na justiça, é a política a defender a sociedade, a defender a democracia, a defender o Estado de direito", tratando-se essa, na opinião do ex-ministro de António Costa da "maior herança do PS", a de "defender a liberdade, defender a democracia, defender o Estado de direito".

Mesmo no arranque da intervenção Vieira da Silva avisou que estes "três minutos" de discurso serão "provavelmente os últimos" a dirigir a um Congresso do PS, prenunciando que estará ausente em futuros eventos do órgão máximo do partido.