O Presidente da República classifica o antigo líder da União Soviética Mikhail Gorbachev, que morreu na terça-feira, como "uma figura marcante, que ficará na história da Rússia e do Mundo".
Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa evoca o antigo chefe de Estado como um homem que "soube abrir a Rússia ao concerto das Nações, ao diálogo e ao compromisso, terminando com o isolamento da União Soviética e permitindo a libertação de numerosas nações que a constituíram".
"Foi também o fim da cortina de ferro e da tensão conflitual que caracterizou toda a guerra fria, desde o final da segunda guerra até à última década do século passado", acrescenta.
Na nota lê-se ainda que o Presidente "presta homenagem a esta figura marcante, que ficará na história da Rússia e do mundo".
Também o Governo português já se pronunciou sobre a morte do antigo líder da União Soviética Mikhail Gorbachev, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) a considerar que representa a perda de uma das grandes personalidades do século XX, que contribuiu para uma Europa livre.
O antigo líder da União Soviética Mikhail morreu na terça-feira aos 91 anos, adiantaram as agências de notícias russas Tass, RIA Novosti e Interfax, que citaram o Hospital Clínico Central.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, desencadeou uma série de mudanças que resultaram no colapso do Estado soviético autoritário, na libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e no fim de décadas de confronto nuclear Leste-Oeste.
A Tass informou que o ex-chefe de Estado vai ser enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado da sua mulher.
Já segundo a Interfax, o último líder da União Soviética não terá direito a funeral de Estado no seu país-natal.