O Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou esta segunda-feira que a confiança dos consumidores portugueses subiu em dezembro após três meses em queda, apontando ainda para a estabilização do clima económico, “interrompendo nos últimos dois meses o movimento descendente iniciado em março".
Segundo o INE, o otimismo dos consumidores justifica-se com o “contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar".
As expectativas sobre a evolução da situação económica do país deram um salto nos dois últimos meses, depois de terem “atingido o valor mais baixo desde abril de 2020, aquando do início da pandemia".
As perspetivas sobre a evolução do orçamento familiar "aumentou nos dois últimos meses, após ter diminuído em setembro e outubro, de forma mais significativa no primeiro caso, tendo registado nestes dois meses os valores mais baixos desde o início da pandemia", acrescenta o INE.
Destaque ainda para a perceção sobre a evolução futura dos preços, que diminuiu "de forma expressiva" em novembro e dezembro, depois de ter aumentado nos dois meses anteriores, para o valor mais baixo desde outubro de 2021.
Confiança cai nos serviços e construção, sobe na indústria e comércio
Por setores de actividade, o indicador de confiança dos serviços diminuiu em dezembro, com o contributo negativo das opiniões sobre a atividade da empresa e a evolução da carteira de encomendas.
Já na indústria transformadora, a confiança aumentou em novembro e dezembro, puxada pelas “opiniões sobre a evolução da procura global e das perspetivas de produção". No entanto, as apreciações sobre os 'stocks' de produtos acabados são mais pessimistas.
O INE conclui ainda que "o indicador de confiança aumentou nos agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento e diminuiu no agrupamento de bens de consumo".
Na construção e obras públicas o indicador de confiança diminuiu em dezembro, refletindo “o contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas”.
No comércio, o indicador de confiança aumentou em novembro e dezembro, apoiado no volume de vendas.