Gonçalo Madaleno é o mais jovem cabeça de lista destas eleições. Com 24 anos lidera os candidatos do Partido Trabalhista Português. Sucede ao seu pai, Amândio Madaleno, que liderou a lista em 2014, tendo alcançado 22.531 votos.
Como é que o Partido Trabalhista Português se posiciona em termos europeus? É europeísta?
É um partido claramente europeísta. Hoje em dia, há problemas que não podemos resolver sozinhos, sem o contexto da União Europeia, por isso cada vez é mais importante o reforço do sentido europeísta
E o que acha que é preciso mudar na União Europeia?
É preciso investir mais na educação. O reforço da educação é o mais importante porque resolve muitos problemas a médio e longo prazo. Em relação a outros problemas da União Europeia, também somos a favor das migrações e dos refugiados. Não os vemos como um problema. É uma oportunidade, um desafio integrarmos novas pessoas no nosso sistema da União Europeia porque o fundamento da União Europeia é a integração das pessoas e a partilha de culturas e de experiências para crescermos como um só.
Sendo o mais jovem cabeça de lista nestas eleições, como é que vê a ligação entre os jovens e a União Europeia? Os jovens estão despertos para a necessidade de integração europeia ou estão afastados destas eleições?
Quero acreditar que estão cada vez mais ligados à política porque se vai verificando cada vez mais a existência de movimentos inorgânicos que são proporcionados principalmente por jovens. Mas, infelizmente, tivemos um exemplo, na altura da votação do Brexit que foi a grande taxa de abstenção por parte dos jovens que, depois, se vieram a arrepender. É isso que queremos evitar no dia 26.
Se for eleito, o que é que gostava de fazer?
Ouvir mais os problemas das pessoas e saber o que podemos fazer por elas, mas as primeiras medias passam por dois pilares essenciais, que são a educação e a habitação. Em relação à educação o que se pode fazer, principalmente no programa mais conhecido da União Europeia, o Erasmus, é tornar mais céleres as bolsas, que são garantidas, porque muitas vezes só são dadas depois de cumprido o programa. e também aumentar o número de programas e de equivalências - porque ainda há vários cursos sem equivalências - para não se tornar apenas um turismo universitário.
E a nível da habitação, quais são os problemas que identifica?
Temos uma bandeira que é iniciar-se uma bolsa de arrendamento para as pessoas menos favorecidas e também para as mais favorecidas. Tornar as zonas nobres das cidades mais democráticas para toda a gente porque acreditamos que uma habitação adequada ao agregado familiar é um aspeto catalisador para outros aspetos da vida, quer seja a educação, a saúde e ajuda também as pessoas a serem mais eficientes nos seus empregos. Se estiverem mais perto dos seus empregos, podem ser melhores trabalhadores.