A Associação das Religiosas do Quénia (AOSK) tem em marcha uma campanha que visa prevenir os contágios de Covid-19, a assistência aos doentes e o incentivo à vacinação.
A iniciativa que tem a duração de seis meses, vai envolver, pelo menos, cinco milhões de pessoas, e conta com o apoio financeiro da fundação americana Conrad N. Hilton.
De acordo com um comunicado da AOSK, os fundos destinam-se a financiar 80 centros de saúde administrados por congregações religiosas femininas e serão usados para financiar, até dezembro, cursos de formação online sobre a Covid-19 para 1.500 religiosas e agentes de saúde que trabalham na linha de frente do combate à pandemia.
Os cursos abordarão temas como prevenção, tratamento, assistência domiciliária aos doentes e vacinação.
O objetivo é também ajudar as religiosas a melhor informar a população sobre as medidas de prevenção e incentivar os quenianos a tomarem a vacina.
Segundo o protocolo estabelecido, haverá ainda verbas para a compra de equipamentos, cilindros de oxigénio e dispositivos de proteção para as equipas médicas.
A iniciativa prevê também a realização de reuniões de apoio psicoespiritual para os trabalhadores da saúde e pessoas afetadas pela pandemia.
“As religiosas católicas sempre trabalharam para melhorar e ampliar o acesso aos cuidados básicos de saúde para as pessoas mais vulneráveis”, explica a secretária executiva da AOSK, irmã Pasilisa Namikoye, acrescentado que vão agora usar as suas redes e a ampla presença no território para sensibilizarem a comunidade para a importância da vacinação.
Segundo a religiosa, só a colaboração entre os setores público e privado, na promoção da vacinação e prevenção, poderá garantir a proteção adequada aos profissionais de saúde e vencer a guerra contra a pandemia.
A Associação das Religiosas do Quénia foi fundada em 1962 e reúne mais de 160 congregações femininas que administram mais de 300 centros de saúde.
De acordo com relatórios do site da Conferência Episcopal, a Igreja no Quénia administra cerca de 30% das unidades de saúde do país, incluindo 69 hospitais, 117 centros de saúde e 251 dispensários, com um total de mais de 5.800 trabalhadores.