A 100 dias da cerimónia de abertura dos jogos de Tóquio, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) lamenta a obrigatoriedade de quarentena imposta pelas autoridades de saúde portuguesas a atletas provenientes de zonas consideradas de risco.
José Manuel Constantino, numa entrevista a Bola Branca, diz esperar que esta decisão seja revertida nos próximos dias, após a entrada em vigor do novo estado de emergência, para que os atletas não sejam forçados a interromper os treinos a tão pouco tempo dos Jogos.
"Se os atletas fazem períodos de quarentena não podem treinar nem competir. Esperamos que esta situação seja corrigida na próxima orientação, porque há um conjunto de atletas que regressaram a Portugal e foram obrigados a ir para casa", lamenta.
O presidente do COP considera que "a norma foi feita sem levar em linha de conta a especificidade dos atletas que estão em preparação olímpica".
"Uma coisa é testá-los, outra coisa é obrigá-los a fazerem períodos de quarentena, independentemente de os testes serem negativos. Isso introduz um fator de perturbação na preparação dos atletas. Eles treinam todos os dias. Não podem estar um período de quarentena sem treinar. Esperamos que esta situação seja rapidamente corrigida", reforça.
Apesar de todos os constrangimentos provocados pelas restrições decorrentes da pandemia de Covid-19 - de preparação dos atletas e de logística -, José Manuel Constantino mantém os objetivos desportivos assumidos perante o Governo.