Sexualidade
Os participantes admitem a dificuldade em transmitir a visão cristã sobre o corpo e a sexualidade. Sem qualquer referência à discutida sigla LGBT, o Sínodo “reforça que Deus ama cada pessoa e assim faz a Igreja, renovando o seu compromisso contra qualquer discriminação e violência com base sexual”.
Diálogo
Os bispos querem falar de coração aberto às novas gerações, “evitando iludir os jovens com propostas minimalistas ou sufocá-los com um conjunto de regras que dão do Cristianismo uma imagem redutora e moralista”.
Perseguições
Os testemunhos do Médio Oriente, em particular de um jovem iraquiano, emocionaram a assembleia, que prestou homenagem às vítimas dos “vários tipos de perseguição, mesmo até à morte”.
Migrações
A preocupação com o tema foi constante e o documento final recorda, naturalmente, “os que fogem da guerra, da violência, da perseguição política ou religiosa, dos desastres naturais provocados pelas alterações climática e da pobreza extrema”.
Digital
A assembleia sinodal evita uma visão messiânica das novas tecnologias, relativamente à relação Igreja-jovens, mas aposta no que chama a “evangelização digital”, com o seu contributo. O trabalho já começou: a mensagem aos jovens de todo o mundo foi apresentada, formalmente, no Vaticano e, ao mesmo tempo na internet.
Abusos Sexuais
O Sínodo afirma um “sério compromisso” de adotar medidas “rigorosas” de prevenção, a partir da “seleção e formação” dos que têm responsabilidades educativas. O tema pareceu ser mais pelos bispos de países afetados diretamente pelas crises provocadas por estes escândalos.
As mulheres na Igreja
O documento final sublinha a vontade de que exista um maior reconhecimento e valorização das mulheres. “Em muitos locais, demora-se a dar-lhes espaço nos processos de decisão, mesmo quando não exigem responsabilidades ministeriais específicas”.
Confiança
A Igreja que recuperar a confiança dos jovens, mas também nos jovens. “Gostaria de dizer aos jovens, em nome de todos nós, adultos: desculpai, se muitas vezes não vos escutamos; se, em vez de vos abrir o coração, vos enchemos os ouvidos”, disse o Papa, na homilia da Missa conclusiva.
Escuta
A ideia ganhou força ao longo dos trabalhos: é preciso um “ministério da escuta”, na Igreja, incluindo leigos “qualificados para o acompanhamento dos jovens”.
Vocação
O termo assusta muitos jovens e o Sínodo quer que seja algo normal na Igreja, em que todos são chamados a desempenhar o seu próprio papel. A palavra vocação aparece, de várias formas, mais de 100 vezes no documento final. Esse discernimento implica investimento: “paixão educativa, tempo demorado e também recursos económicos”.
A reportagem no Sínodo dos Bispos é realizada em parceria para a Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Renascença e Voz da Verdade, com o apoio da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre