Foi o momento mais alto da campanha da CDU até agora. Um desfile pelas ruas de Almada, seguido de um comício onde marcaram presença cerca de 600 pessoas.
Jerónimo de Sousa passou em revista avanços dos últimos quatro anos de “Geringonça”, com a marca da CDU. Ainda não chega, mas são importantes, defendeu o líder comunista.
“A redução do preço dos passes sociais, a gratuitidade dos manuais escolares, o aumento do abono de família, o abaixamento dos impostos, que foi possível parar com as privatizações. Sim, camaradas e amigos, dizer que isto é pouco, posso admitir, dizer que são trocos, não. Insuficientes, limitados, mas são bandeiras que levam a que hoje muitos portugueses vivam melhor aquando da queda do Governo PSD/CDS.”
Jerónimo de Sousa insistiu na necessidade de, até ao dia das eleições, os apoiantes da CDU passarem a palavra e mostrou confiança numa surpresa eleitoral.
“Eu não sei quais são as sondagens. Há tantas, umas boas e outras más, mas de qualquer forma podemos dizer, camaradas: fiem-se nas sondagens e deixem-nos trabalhar e avançar e vão ver a surpresa que terão na noite das eleições”, declarou o secretário-geral do PCP.
Neste comício de Almada, Jerónimo de Sousa afirmou que os últimos quatro anos provaram que a CDU não é só oposição ao poder, mas uma força que resposta aos problemas dos portugueses.
“Diziam eles há uns anos: ‘o PCP é uma mera força de protesto, não tem propostas para o país, não tem soluções para os problemas sociais’. Uma força apenas de protesto? Mas quando viram, passados estes quatro anos, que essa força de que falavam não existe, mas sim uma força de construção, de avanço, reposição e conquista de direitos… Alto e para o baile que, afinal, as coisas são diferentes”, sublinhou o líder comunista.