O ministro da Saúde confirma que em janeiro vão ser criadas mais 28 Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo B, ou seja, centros de saúde que funcionam com um sistema de incentivo ao trabalho dos médicos.
Em entrevista à SIC, Manuel Pizarro acrescenta que a maioria estará na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo o governante, estes centros de saúde vão permitir que mais cerca de 30 mil pessoas passem a ter médico de família.
Pizarro acrescentou que em Portugal temos “uma situação crónica de excesso de afluxo às urgências. A culpa não é das pessoas, mas de quem, como nós, organiza o sistema”.
“Desse ponto de vista, a abertura de centros de saúde – e com horários mais alargados – parece-nos essencial. Como também o é, que as pessoas, quando uma doença não é grave, recorram à linha de saúde 24 e aos centros de saúde”, refere.
Sobre o fecho de maternidades, Manuel Pizarro começou por referir que, no primeiro fim de semana de constrangimento em algumas maternidades, realizaram-se 368 partos e “todo o sistema funcionou plenamente e de forma organizada”. Era o que tinha pedido.
O governante sublinha ainda que o sistema de fechos programados e rotativos de urgências obstétricas ao fim de semana se manterá na região de Lisboa, durante o primeiro trimestre de 2023.
Já sobre a Covid-19, o ministro Pizarro desvalorizou a situação na China, onde se multiplicam os casos e cresce preocupação sobre a possibilidade de surgir uma nova estirpe da doença.
“Nós apostámos na vacinação e depois aliviámos as medidas”, reitera Manuel Pizarro.