O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai atrasar a tomada de posse de um novo Governo para aplicar o mecanismo de escrutínio prévio, aprovado em janeiro, de maneira a garantir que o executivo de Luís Montenegro é à prova de “casos e casinhos”, avança o Correio da Manhã.
O mecanismo, que inclui um questionário com 36 perguntas e uma declaração de compromisso de honra, foi introduzido numa altura em que o Governo de António Costa já somava 11 demissões desde o início do mandato, que começara há menos de um ano.
O questionário de verificação prévia, dado a conhecer a 12 de janeiro, está dividido por cinco áreas - atividades atuais e anteriores, impedimentos e conflitos de interesses, situação patrimonial, situação fiscal e responsabilidade penal - e responde a situações que levaram a demissões no Governo socialista.
Com a aplicação do mecanismo, o Correio da Manhã aponta que o próximo Governo só deverá tomar posse no início do mês de abril.
A audiência de Marcelo a Montenegro no Palácio de Belém está marcada para a próxima quarta-feira, dia 20 de março, numa altura em que serão conhecidos os resultados nos círculos de emigração, que elegem quatro deputados.