Empresários do agro-alimentar dizem que a “fat tax” não ajuda nem a saúde nem os impostos
15-10-2016 - 12:02

A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares critica as opções do Orçamento do Estado para 2017.

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A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) argumenta que na proposta de Orçamento do Estado para 2017, o Governo procura apenas aumentar a receita fiscal à custa das empresas, em sacrifício da sua competitividade e em detrimento de compromissos em prol da saúde pública.

“Não existe qualquer base séria que sustente a eficácia destes impostos, nem ao nível da saúde pública nem ao nível da receita fiscal. Aliás, nenhuma das experiências desta tipologia de impostos feitas noutros países mostrou qualquer efeito positivo na saúde pública, tendo mesmo havido recuos em certos casos”, lê-se no comunicado da associação numa referência a fat-tax, imposto que tributa os refrigerantes.

A FIPA expressa “o seu profundo descontentamento pela forma como o Governo desvalorizou o caminho de diálogo já iniciado”.

A indústria alimentar explica ainda que actuou de “boa-fé nos momentos de diálogo com o Governo” e “mantém a sua disponibilidade para ser encontrado um caminho sólido e sustentado com impacto na saúde pública”.

Os empresários apelam ainda ao Governo e ao Parlamento que reavaliem aquilo que consideram ser um imposto “discriminatório, populista e sem qualquer efeito comprovado ao nível da saúde pública”.