O Exército ucraniano afirma ter conseguido, após uma ofensiva em territórios no sul da Ucrânia parcialmente ocupados por soldados russos, reconquistar a pequena localidade de Ivanivka, na região de Kherson.
A 60.ª Brigada de Infantaria das Forças Armadas da Ucrânia publicou na rede social Facebook imagens vídeo que aparentemente mostram como os veículos blindados e soldados de Kiev entraram em Ivanivka.
"As forças ucranianas restabeleceram o controlo sobre outra aldeia que tinha sido ocupada pela Rússia. O material militar que foi agora destruído testemunha a ocupação de Ivanivka por parte da Rússia", refere a mensagem da 60.ª Brigada de Infantaria.
Os mesmos militares declaram que as tropas ucranianas estão a estabelecer comunicação com os residentes locais, oferecendo ajuda e assistência a quem desejar.
Anteriormente, as autoridades da Ucrânia tinham apelado às populações que ainda permaneciam nas áreas ocupadas pelos russos - nas regiões a sul de Kherson e Zaporijia - para abandonarem a zonas, visando evitar danos e sofrimentos durante a ofensiva de reconquista.
As últimas informações sobre a situação militar na região ainda não foram confirmadas por fontes e meios independentes.
Entretanto, a vice-primeira-ministra para Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados, Iryna Vereshchuk, pediu aos residentes das localidades ocupadas pelas forças russas para "evacuarem os locais onde se encontram".
Vereshchuv emitiu a mensagem à população durante o programa de informação diário do governo, que é transmitido por todas as televisões ucranianas.
A região de Kherson e a área de Zaporijia - onde se encontra a maior central nuclear da Europa - foram ocupadas parcialmente pelos militares de Moscovo pouco depois da invasão da Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro.
As duas regiões são vizinhas da Península da Crimeia, invadida e anexada pela Rússia desde 2014. Em algumas das cidades da zona os ocupantes instalaram órgãos de administração local que colaboram com Moscovo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou perto de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.