A proposta do Governo não convence a Fenprof, que exige mais rapidez. Em vez de 20%, conforme prometeu Luís Montenegro na apresentação do programa do Governo, os professores querem recuperar 33% do tempo de serviço que esteve congelado ao ano. Esta é a contraproposta que a federação liderada por Mário Nogueira vai levar ao ministro da Educação, no encontro marcado para a próxima semana.
Fernando Alexandre recebe os sindicatos dos professores a 18 e 19 de abril.
"A recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias deve ocorrer à razão de 33% ao ano, como é nossa proposta, e não à razão de 20% ao ano", defendeu Francisco Gonçalves, secretário-geral adjunto da Fenprof, esta sexta-feira, em conferência de imprensa.
Além de querer maior rapidez, a Fenprof também pretende que, no final, todos os professores tenham recuperado o tempo de serviço que esteve congelado, estejam ainda a dar aulas ou já aposentados.
Outro ponto que será levado à mesa negocial é o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, uma reivindicação antiga, assim como o pedido de incentivos à fixação de docentes e a dedução de despesas em sede de IRS.
Em resposta a uma ideia deixada também no Parlamento pelo ministro da Educação, de criar um modelo de gestão de escolas que dê maior autonomia aos diretores, o sindicalista recordou que foram contra essa ideia, quando foi apresentada pelo Governo anterior.
“Os professores não aceitam outro critério de ordenação dos candidatos que não a graduação profissional”, disse, referindo-se à ideia de que os diretores possam contratar diretamente uma parte dos professores, sem ser através do concurso nacional.