O presidente do PS diz ser “imoral” a utilização política do acidente mortal com o carro do ministro da Administração Interna, há duas semanas.
Carlos César afasta cenários de remodelação no Governo e ataca quem usa o acidente para pedir a saída de Eduardo Cabrita. “Não se pode tratar de um evento politizável e utilizado para tentar tirar vantagens políticas. É mesmo imoral fazê-lo.”
O Ministro da Administração Interna já veio dizer que não se demite por causa do acidente em que se viu envolvido, e que resultou na morte de um trabalhador na A6.
“Em matéria de remodelação, a única que estou a ver é a da fachada do edifício do PS porque se trata de um exemplar muito valioso do património da cidade de Lisboa“, respondeu Carlos César, quando questionado sobre uma renovação no Governo.
Também o primeiro-ministro afastou uma remodelação a breve prazo.
O presidente do PS lembra que o Executivo está “a governar numa fase muito difícil e complexa do ponto de vista social, económico e sanitário, com fenómenos de aumentos de infeções e na generalidade dos países”.
O socialista falava à saída que da reunião da Comissão Nacional, que decorreu esta manhã, e serviu basicamente para aprovar a nova data para o congresso. A reunião dos socialistas estava prevista para o próximo fim de semana, mas foi adiada para 28 e 29 de agosto.
Carlos César confirma a nova data, mas não afasta novo adiamento. “A probabilidade máxima é que seja depois das eleições autárquicas e até ao final do ano.”