As salas de consumo assistido de Lisboa, conhecidas como salas de chuto, vão incluir cuidados de higiene, de alimentação e valências de enfermagem. O anúncio foi feito pelo vereador Ricardo Robles.
Segundo o vereador do BE, estas serão "salas que permitem o consumo, a assistência às pessoas" e constituem "uma resposta multidisciplinar".
"O modelo permite o consumo, mas é muito mais do que isso, tem uma resposta social. Permite uma resposta de apoio alimentar básico, serviços de higiene, apoio social, apoio psicológico, cuidados de enfermagem, sobretudo rastreios de infeções transmissíveis", elencou o eleito bloquista, que falava na sessão de perguntas à câmara, depois de questionado pelo grupo municipal do CDS-PP.
Ricardo Robles falou também nos diagnósticos que estão a ser feitos pelas associações Médicos do Mundo, GAT, Crescer na Maior e Ares do Pinhal, que "estão concluídos, serão apresentados publicamente no dia 19 de abril e apontam [as salas de consumo assistido] para três zonas da cidade".
Na opinião daquele responsável, "estas respostas têm de ser dadas nos locais onde os consumos acontecem" e, por isso, foram identificadas as zonas da Alta de Lisboa (Lumiar), Vale de Alcântara (antigo Casal Ventoso), e a zona ocidental de Lisboa.
Nas duas primeiras zonas poderão ser criados postos fixos, enquanto na zona ocidental estará uma equipa móvel, acrescentou Robles.
"Não vamos inventar novos locais, não vamos levar consumo para onde ele não existe, temos de dar as respostas onde temos este problema", defendeu.
Apontando que o município tem "estado em contacto com as entidades que estão a trabalhar este tema", o vereador dos Direitos Sociais de Lisboa salientou que esta "é uma discussão que está no terreno" e que a câmara quer "que seja uma resposta participada por todos e por todas".