A diretora-geral da Saúde apresentou esta sexta-feira, em Pedras Salgadas, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, o plano de contingência para o verão, que junta várias entidades em campanhas para a prevenção de situações que aumentam o risco de doenças ou de acidentes nesta época do ano.
O programa, criado em 2004, tem este ano quatro eixos: sistemas de vigilância e monotorização; proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade; acessibilidade e organização da prestação de cuidados de saúde e educação para a saúde; e envolvimento da comunidade e educação.
“Juntos por um verão seguro 2024” pretende, assim, alertar para os perigos do calor e evitar consequências graves para as populações.
“As ondas de calor têm um impacto direto na mortalidade e, por isso, o importante é nós prevenirmos algumas situações que podem desencadear estes acontecimentos”, refere a diretora-geral da DGS.
Rita Sá Machado fala, por isso, na importância de adaptar a informação às populações mais vulneráveis: “Os doentes crónicos, que estão mais vulneráveis a uma descompensação durante o calor, e, por isso mesmo, precisamos que eles cumpram a sua medicação habitual, que estejam mais resguardados nesta altura do ano, as grávidas, as crianças e as pessoas 65+ que precisam de hidratação”.
As recomendações para esta época do ano “baseiam-se muito naquilo que são as recomendações para o calor, e isto significa que deveremos manter e ter alguns cuidados, quando temos calor extremo”, diz Rita Sá Machado.
Segundo a diretora-geral da DGS tal “significa estarmos nas nossas casas abrigados, hidratar, procurar, se o calor for extremo, aquilo que são os abrigos temporários, que são locais climatizados, de apoio às populações”.
“Evitar aquilo que são as horas de maior calor e evitar a prática da atividade física durante essas horas de maior calor, ter atenção àquilo que são os raios ultravioleta, utilizar protetor solar e fazer também um resguardo e evitar as horas de maior calor”, acrescenta.
Numa altura em que estão a aumentar os casos de Covid-19 no país, Rita Sá Machado recomenda o reforço das medidas básicas de prevenção e controlo de infeção.
“É um aumento que, apesar de ser identificado, é inferior àquele que aconteceu o ano passado durante o verão”, assinala, recomendando, no entanto, que em situação de algum tipo de sintomatologia deve recorrer-se ao uso da máscara e fazer algum distanciamento físico.
Segundo a diretora da DGS, este aumento de incidência deve-se a “uma sublinhagem” e avisa que “é algo que as pessoas residentes em Portugal podem continuar à espera de acontecer ao longo dos próximos anos”.
“É importante mantermos estes cuidados e, na altura da vacinação sazonal, fazer a inoculação da vacina”, aconselha.