O Presidente da República garantiu esta quinta-feira que o processo das gémeas luso-brasileiras seguiu para o gabinete do primeiro-ministro, em São Bento, sem referências ao nome do seu filho, Nuno Rebelo de Sousa.
Questionado novamente sobre a polémica das últimas semanas, Marcelo remeteu para o chefe da Casa Civil a conclusão inicial de que as gémeas não teriam prioridade no tratamento em Portugal.
“Os cidadãos são todos iguais. Quem decidiu isso foi o chefe da Casa Civil. [O processo] não foi enviado com o apelido Rebelo de Sousa”, começou por dizer, em declarações aos jornalistas na Fundação Serralves, no Porto, referindo que desconhece com quem falou Maria João Ruela, na altura assessora dos assuntos sociais, no Hospital Santa Maria.
"Ele tem 50 anos. Vive no Brasil há 10 anos. É uma pessoa que não é Presidente da República. Filho de Presidente não é Presidente. Só há uma pessoa eleita para ser Presidente. Sou eu", disse, depois de questionado sobre se falou com o seu filho Nuno sobre o tema, considerando que "não tomou posição nenhuma" sobre a polémica.
Marcelo indicou ainda que foi também o chefe da Casa Civil que definiu “prioridade” de tratamento para portugueses, em detrimento de outros.
Em declarações anteriores, também esta quinta-feira, o Presidente da República sublinhou que a Casa Civil tinha uma posição negativa sobre o caso, e que não teve conhecimento de uma lista separada para não residentes no Hospital de Santa Maria - que foi negada pelo ex-diretor clínico.