O “Diário de Notícias” dá amplo destaque a uma conferência sobre a Europa e onde o Presidente da República reafirmou o lugar de Portugal no contexto da União: “Aqui referendos europeus são inadmissíveis”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente alude à necessidade de uma revitalização do consenso europeu em Portugal e lembra que “o país é uma democracia, largamente devido à sua integração na Europa”.
Outros intervenientes, outros pontos de vista nesta conferência que ocupa as páginas centrais do “DN”. O comissário Carlos Moedas diz que “Bruxelas discute pouco os défices espanhol e português”. Já o vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, José Miguel Júdice, considera que “o efeito do Brexit em Portugal vai ser pior do que se tem dito”.
No jornal “Público”, lê-se “Costa pessimista com divisão europeia”. Durante a última reunião da bancada parlamentar socialista antes das férias, o Primeiro-ministro e secretário-geral do PS aludiu a uma “situação negra da Europa que se desenha geograficamente: o Leste vive num mundo à parte, a Alemanha vive preocupada com o Leste, o Norte vive numa lógica de grupo e o Sul tem de se afirmar como bloco”.
No mesmo sentido vai um artigo de opinião publicado no “Jornal de Negócios”. “A Crise da Europa. E da democracia”. Fernando Sobral, autor desta coluna de opinião, fala de “uma série de variáveis que, em conjunto, atiram a Europa para um continente mais fechado, mais agreste e menos solidário”. A saber: o terrorismo, a pressão migratória, o risco de desintegração do espaço de circulação europeu no curto prazo e as barreiras no Leste europeu que, diz Fernando Sobral, “demonstram que o fecho de fronteiras é algo que vai ressuscitar-se a prazo”.
No francês “La Tribune”, “Hollande menos ansioso em relação ao Brexit”. O Presidente francês recebeu a nova Primeira-ministra britânica no Eliseu. O jornal lembra que, depois de ter pedido a rápida saída do Reino Unido – após o referendo – Hollande adopta agora uma fórmula mais diplomática e dá mais tempo a Theresa May para preparar as negociações com os restantes 27.
No Wall Street Journal, “União Europeia receia ficar atrás dos EUA e da China em tecnologia automóvel”. O jornal cita declarações de Maros Šefčovič, vice-presidente da Comissão Europeia para a área da energia e do clima. Este responsável admite que a Europa está a perder terreno para os fabricantes americanos, chineses e japoneses que, ao contrário dos construtores europeus, têm muito mais patentes registadas para carros eléctricos e motores híbridos mais amigos do ambiente.
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