O livro ‘Diamante’, do escritor António Carlos Cortez (D. Quixote) foi distinguido com o Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho.
Na decisão, tomada por unanimidade, o júri, composto por Cristina Robalo Cordeiro, Carlos Mendes de Sousa e José Viale, sublinha “o rico fazer poético” de António Carlos Cortez e justifica a atribuição do prémio com “o exemplar uso do idioma, assim como a inteligência rara na criação a nível de metapoesia, à conceção de belíssimos sonetos, aliás bem na linha clássica não isenta de audaciosa modernidade. De notar também os poemas em prosa, bem como a valorização do jogo sintático, retórico-textual, que já vem da obra anterior do poeta, em especial do seu livro Jaguar”.
A cerimónia de entrega do prémio realizar-se-á no próximo dia 20 de julho, na Biblioteca Ary dos Santos, em Sacavém. O autor vai receber um prémio monetário de 12.500 euros.
Nas anteriores edições, o Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho, distinguiu já os poetas Gastão Cruz, Fernando Guimarães e Nuno Júdice.
O Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores patrocinado pela Câmara Municipal de Loures, destina-se a galardoar anualmente uma obra de poesia em cada ano, em português e de autor português, publicado integralmente e em primeira edição.
António Carlos Cortez, nascido em Lisboa, em 1976, é poeta, ensaísta e crítico literário e é docente de Português e de literatura portuguesa, além de investigador do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM).
Publicou o seu primeiro livro de poesia em 1999. Recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores em 2011, com o livro ‘Depois de Dezembro’ (Licorne), na categoria de Melhor Livro de Poesia.
Na sua obra destacam-se livros como ‘O Nome Negro’ (2013), ‘Animais Feridos’ (2016), a antologia ‘A Dor Concreta’ (2016) – vencedora do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores em 2018 –, e ‘Jaguar’ (2019), distinguido em 2020 com o Prémio Literário Ruy Belo e o Prémio de Poesia António Gedeão/FENPROF.