A Polícia Judiciária de Lisboa e Vale do Tejo deteve, em 2020, quatro pessoas no âmbito da operação “Pandora V”, cujas ações levaram também à apreensão de cerca de 150.000 euros em obras de arte.
As ações policiais foram conjugadas com a Europol, revela o comunicado da PJ, divulgado nesta terça-feira. Entre 1 de junho e 31 de outubro, a polícia europeia coordenou a operação executada em 31 países europeus com o objetivo de combater a atividade criminosa de furto, tráfico e viciação de obras de arte e bens culturais.
Objetos arqueológicos, móveis, moedas, pinturas, instrumentos musicais e esculturas foram alguns dos bens apreendidos nos diversos países, num total que ultrapassa os 56.400 itens.
Entre os objetos recolhidos estão ainda 50 detetores de metal, seis dos quais apreendidos em locais arqueológicos, “o que demonstra claramente que tais sítios estão ameaçados”, considera a polícia europeia.
“A edição da operação ‘Pandora’ que visa o tráfico ilícito de bens culturais foi a mais bem-sucedida até à data”, refere ainda a Europol no seu site.
Só na alfândega francesa, foram apreendidos 27.300 artefactos arqueológicos numa única investigação. Um suspeito foi detido e enfrenta agora uma pena de prisão, além de uma multa de várias centenas de milhares de euros.
Em Portugal, uma das obras apreendidas é uma pintura de Almada Negreiros – uma operação que levou também à detenção do autor do furto.
“A Polícia Judiciária irá prosseguir as investigações necessárias nos diversos inquéritos criados, com vista ao esclarecimento da mencionada atividade delituosa no nosso país”, conclui a nota enviada às redações, onde se podem ver algumas das peças apreendidas em Portugal.