O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, revelou esta segunda-feira que Taipé discutiu com os Estados Unidos o tipo de armas de que precisaria se Washington decidir fornecer um pacote de ajuda militar.
Segundo a agência oficial CNA, Chiu disse, numa sessão legislativa, que o governo do presidente Joe Biden planeia enviar um pacote de ajuda militar a Taiwan no valor de 500 milhões de dólares (452 milhões de euros), através de um programa de emergência semelhante ao que usou para ajudar a Ucrânia.
Chiu disse que, desde janeiro, Taiwan mantém conversas com os EUA para decidir quais armas seriam necessárias se Washington decidisse conceder o pacote, sem oferecer mais detalhes.
No ano passado, os EUA anunciaram um pacote de ajuda militar de 1,1 mil milhões de dólares para Taiwan, que servirá para reforçar o sistema de mísseis e radares da ilha, cuja soberania é reivindicada pela China.
A ilha é uma das maiores fontes de tensão entre China e Estados Unidos, sobretudo porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar, no caso de uma invasão chinesa.
No final da II Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek.
Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês, comunista.
O território realizou reformas democráticas nos anos 1990 e é hoje encarada como uma das mais vibrantes democracias no leste da Ásia.
Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.