Moscovici: Plano B é para avançar já. Governo diz que ainda não.
08-03-2016 - 12:34

“Não é uma questão de se, mas de quando é que novas medidas de austeridade têm de ser implementadas em Portugal”. A declaração do comissário europeu para os Assuntos Económicos marca esta terça-feira, o dia seguinte à reunião do Eurogrupo.

A Comissão Europeia entende que Portugal tem de implementar mais medidas de austeridade para corrigir a trajectória do défice.

O “Diário de Notícias” escreve em título que “Costa trava Bruxelas: Comissão vê riscos onde nós não vemos”. Adiantando que Pierre Moscovici vem a Lisboa dizer ao Primeiro-ministro e ao ministro das Finanças que há medidas adicionais que têm de ser implementadas.

Já o “Jornal de Negócios” escreve que o “plano B de Centeno acabou de passar a plano A”, “segundo Bruxelas, não é uma questão de se, mas de quando terão de avançar mais medidas de austeridade”. Mas Antonio Costa não identifica os mesmos riscos”.

Sobre o mesmo tema escreve o “Jornal de Notícias”, referindo que “Portugal terá de aplicar mais medidas de austeridade ainda este ano. O comissário dos Assuntos Económicos e financeiros considerou ontem que essa necessidade é inevitável.”

À margem da cimeira União Europeia-Turquia, António Costa disse que “nada indica que Portugal venha a necessitar de medidas orçamentais adicionais para cumprir as metas”.

Sobre a cimeira EU-Turquia , o “i” escreve que o “Governo turco foi a Bruxelas tentar lucrar com a crise de refugiados”. Adiantando que Ancara pede dinheiro, livre circulação e rapidez na adesão europeia para travar fluxo de migração”.

“A Turquia exige à União Europeia um financiamento de seis mil milhões de euros para melhorar as condições de vidas dos mais de três milhões de refugiados sírios que vivem no seu território, como forma de travar a sua passagem para a Grécia e daí para os restantes países europeus”.

Também sobre a Cimeira Europeia escreve hoje o “Público”. Segundo este jornal, a “União Europeia está disponível para duplicar o pacote financeiro de três mil milhões de euros atribuído à Turquia para o acolhimento de refugiados sírios, mas em contrapartida tem de se comprometer a reforçar as suas acções na fronteira tem de se comprometer a reforçar as suas acções na fronteira “.

O “Financial Times” escreve em título “uma Europa desesperada põe-se em bicos de pés em torno da Turquia para conseguir um acordo sobre refugiados”.

A BBC News avança que a União Europeia e a Turquia acordaram os pontos principais de um plano para diminuir a crise da migração na cimeira de Bruxelas, mas adiaram a decisão final”.

“O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que todos os imigrantes irregulares que chegarem à Grécia vindos da Turquia serão enviados para trás.” Também o presidente da Comissão Europeia falou hoje sobre este acordo. O EUObserver refere que Juncker classificou o acordo alcançado com a Turquia como “uma verdadeira mudança do jogo”. Escreve ainda que “a Chanceler alemã, cujo partido enfrenta eleições neste fim-de-semana, surpreendeu os líderes da UE com um novo plano sobre a Turquia na cimeira de segunda-feira. Ela conseguiu o que queria - se ele for implementado”.