Mais estado de emergência? "Mais do mesmo", avisa Jerónimo de Sousa
22-03-2021 - 19:45
 • Eunice Lourenço com Lusa

Líder comunista diz ser necessário adotar “medidas de proteção sanitária, mas simultaneamente encontrar os mecanismos para que haja reabertura, desconfinamento e não para o encerramento como tudo indica que vai acontecer”.

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O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou esta segunda-feira que são necessárias medidas adicionais de apoio para trabalhadores e empresas e acusou o PS de se aliar ao PSD para rejeitar medidas propostas pelos comunistas no âmbito do combate à crise provocada pela pandemia.

Numa conferência de imprensa, após a reunião do comité central do partido, Jerónimo de Sousa criticou, ainda, o governo por facilitar os lucros de varias empresas privadas e de estar a preparar apoios públicos ao que classificou como negócios do grande capital.

Sobre as próximas renovações do estado de emergência anunciadas pelo presidente da república, o líder comunista disse que são "um pouco mais do mesmo" e que o que é preciso é promover o funcionamento do país e não o seu encerramento.

"É um pouco mais do mesmo. Temos um problema sério, tendo em conta a situação sanitária, mas devia ser considerado um novo paradigma”, que concilie a proteção da saúde e a reabertura da atividade, afirmou Jerónimo de Sousa".

Para o secretário-geral dos comunistas, é preciso “tomar medidas de proteção sanitária, mas simultaneamente encontrar os mecanismos para que haja reabertura, desconfinamento e não para o encerramento como tudo indica que vai acontecer”.

Nas vésperas de voltar a reunir-se com o Presidente da República sobre a renovação do estado de emergência, Jerónimo anota que desconhece ao pormenor o que vai propor Marcelo Rebelo de Sousa, mas defende um “novo paradigma”.

“Tem que haver outra conceção, tendo em conta o drama que está criado no pais, que atinge milhares e milhares de portugueses” e micro, pequenas e médias empresas, “muitas já sem capacidade de reabrir”

São necessárias, insistiu, “medidas que visem o funcionamento e não encerramento” da atividade do país.