Na sexta-feira, o mundo foi alvo de um grande ataque informático. A ameaça mantém-se nesta segunda-feira. Mas, afinal, do que estamos a falar?
1. “Wannacry” é o nome do vírus que começou a circular pelos computadores de todo o mundo na sexta-feira e que encripta todos os ficheiros da vítima. Para devolver a informação aos utilizadores, os “hackers” pedem um resgate.
2. A este tipo de ataque chama-se “ransomware” (“ransom” significa resgate em inglês) e são cada vez mais frequentes, podendo render actualmente milhões de dólares por ano, segundo a revista “Wired”.
3. Ataque de sexta-feira (cujas repercussões ainda não terminaram) foi feito através do vírus “Wannacry” e terá recorrido a uma falha no sistema operativo da Microsoft.
4. Só os sistemas operativos que não estavam actualizados foram afectados.
5. Em 2009, o montante médio do resgate pedido era de 40 dólares; em 2016 já era de mil. O mais recente ataque já terá rendido mais de 33 mil dólares.
6. Grande parte dos e-mails de “phishing” são “ransomware”.
7. Segundo o “The Guardian”, perto de 40% de todas as empresas sofreram ataques “ransomware” entre Agosto de 2015 e de 2016.
8. Os resgates são pagos em bitcoins: uma moeda virtual: que tem vindo a valorizar-se e que, segundo a Bitstamp (uma das mais populares plataformas para compra e venda desta moeda), superou pela primeira vez os 1.800 dólares na quinta-feira, dia 11, véspera do ataque.
9. Jovem britânico descobriu uma maneira de bloquear a propagação do vírus “Wannacry” do ataque de sexta-feira. Identificou o domínio e compro-o, mas os “hackers” alteraram o código e a ameaça continua.
10. Em média, são necessários 99 dias para se conter um “ransomware”; os “hackers” conseguem estar cerca de 8 meses sem serem identificados.
“Nunca nunca abra e-mails desconhecidos”. E mais dicas
É o conselho de Pedro Oliveira, director da revista “Exame Informática”. Mas há mais:
- Nunca abrir links de proveniência desconhecida ou que levantem suspeitas.
- Evitar clicar em extensões EXE, VBS, SCR.
- Manter todo e qualquer software sempre actualizado – seja do telefone, do computador, do tablet ou qualquer outro dispositivo electrónico.
- Utilizar softwares antivírus robustos e com tradição no mercado.
- Fazer cópias de segurança de todos os dados: colocar toda a informação num disco externo ou outras unidades que permitam o armazenamento de dados. Se alguém ficar com essa informação, pode bloquear os dispositivos, mas os utilizadores têm sempre a informação consigo.
- Se for alvo de ataque, desligue imediatamente a internet e informe logo as autoridades.
- Não pague o resgate.