A Arábia Saudita executou um líder religioso xiita precipitando a reacção de políticos e responsáveis religiosos iranianos.
As autoridades de Riade aplicaram a pena de morte a 47 pessoas, entre elas o influente religioso xiita Baqir Al Nimr, por, alegadamente, desobedecer ao regime e instigar à violência sectária.
O Irão já condenou de forma enérgica a execução e considerou a acção uma demonstração de “irresponsabilidade e imprudência” do Governo saudita, de acordo com um porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros.
Ainda no Irão, o ayatollah Ahmad Katami, um dos mais respeitados líderes religiosos do país, disse que a família real Al Saúd “será eliminada” da história por ter aprovado esta execução.
Também no Iraque, os líderes políticos xiitas condenaram a morte acusando a Arábia Saudita – de maioria religiosa sunita – de tentar intensificar o conflito sectário no Médio Oriente.
Igualmente no Bahrein eclodiram graves confrontos entre a polícia e manifestantes.
A comunidade xiita saiu às ruas em várias cidades para protestar, este sábado, pela execução do clérigo saudita protestando contra a monarquia do Bahrein que também professa o islão sunita.