O PSD quer que o ministro das Finanças, Fernando Medina, esclareça já esta terça-feira, no Parlamento, porque é que a nomeação da mulher de João Galamba, que coordena há um ano um departamento no Ministério das Finanças, nunca foi publicada em Diário da República.
O PSD entende que são insustentáveis todos estes casos que se sucedem no Governo. Em causa está uma notícia revelada pela TVI/CNN que dá conta que a mulher de João Galamba coordena um departamento do Ministério das Finanças há um ano e que a sua nomeação nunca foi publicada em Diário da República.
Segundo a notícia, a mulher do ministro das Infraestruturas e ex-secretário de Estado da Energia chegou ao cargo em março de 2022, depois da saída do anterior diretor que, ao contrário de Laura Abreu Cravo, teve a respetiva saída e entrada no cargo publicadas em Diário da República.
O PSD quer assim esclarecimentos por parte de Fernando Medina e, em declarações à Renascença, o deputado Hugo Carneiro considera que esta é uma questão que deve ser explicada.
“Nós não podemos aguentar estas situações mal-esclarecidas e acho que é do interesse do ministro das Finanças esclarecer este caso já esta terça-feira no Parlamento”, diz Hugo Carneiro.
Fernando Medina vai estar esta quarta-feira na Comissão de Economia e Finanças, a pedido do Chega, para falar sobre as medidas para atenuar o aumento do custo de vida, mas o PSD vai exigir explicações.
“Espero que o ministro tenha consciência e não fuja à necessidade de esclarecer este caso. A esposa de João Galamba entra no Ministério das Finanças para estas funções em março de 2002, quando Fernando Medina já estava em funções. Ele não pode dizer que não sabia. Não é uma pessoa qualquer, é a esposa de um ministro. Não podem ficar dúvidas sobre este caso”, assegura o deputado social-democrata Hugo Carneiro.
O PSD avisa que se o Fernando Medina não der resposta, vai pedir a ida do ministro para falar exclusivamente sobre esta situação.
“Mais vale amanhã aproveitar a oportunidade do que ir à Assembleia outra vez, mas se tiver de ser, será", remata Hugo Carneiro.