A Polícia Judiciária e o Ministério Público anunciaram, esta sexta-feira, a detenção de mais um suspeito de estar envolvido no assalto ao paiol de Tancos, ocorrido em junho de 2017.
O
suspeito ficou em prisão preventiva. Em causa "estão os crimes de associação
criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e
tráfico de estupefacientes", segundo a nota oficial.
O detido já foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e foi-lhe decretada a prisão preventiva.
A detenção ocorreu na sequência das diligências desencadeadas na quarta-feira.
O furto do material militar – granadas, explosivos e munições, entre outros – dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017. O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo.
Entre os detidos está o diretor da PJM e um civil (que já foi militar), principal suspeito da prática do furto, encontrando-se ambos em prisão preventiva, num caso que levou à demissão de Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa e cujas implicações políticas levaram à criação de uma comissão parlamentar de inquérito.
Em setembro, após a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada "Operação Húbris", que levou às detenções, foi anunciada pelo CDS-PP a constituição de comissão de inquérito parlamentar, aprovada apenas com a abstenção do PCP e do PEV. A comissão tem 180 dias (até maio), prorrogável por mais 90, para chegar a conclusões.