W52-FC Porto garante que "sempre pugnou pela condenação do uso de quaisquer substâncias dopantes"
25-07-2022 - 15:56
 • Renascença

Em comunicado, a equipa confirma presença na Volta a Portugal sem os oito ciclistas suspensos.

A W52-FC Porto, equipa que tem oito ciclistas suspenso por doping, garante que "sempre pugnou pela condenação do uso de quaisquer substância dopantes" e confirma que vai competir na Volta a Portugal com outros atletas, tal como a Renascença anunciou.

Em comunicado, dez dias depois da suspensão dos atletas e de dois membros do "staff", a equipa esclarece "que sempre pugnou pela verdade e o fair-play desportivo, bem como pela condenação do uso de quaisquer substâncias dopantes".

A W52-FC Porto diz estar "a colaborar ativamente com as entidades Reguladoras e Fiscalizadoras do ciclismo em Portugal, designadamente a FPC/UVP e a ADOP, em busca da verdade desportiva".

Na nota, a equipa confirma que vai participar na 83.ª edição da Volta a Portugal sem a integração na mesma dos atletas suspensos.

À Renascença, Adriano Quintanilha, patrão da equipa, confirmou contactos para a contratação de outros atletas para participarem na prova.

"Os resultados alcançados nos últimos anos, com indiscutível mérito desportivo, continuam, não obstante, a justificar a confiança que a equipa deposita nos ciclistas entretanto suspensos preventivamente pela ADOP, cuja presunção de inocência se mantém intacta até prova em contrário", pode ainda ler-se no comunicado.

A participação na prova dará à W52-FC Porto "uma motivação acrescida a todos os atletas e dirigentes, que saberão lutar pela vitória na estrada, honrando um clube e uma equipa que tem vindo a dominar o panorama do ciclismo nacional com indiscutível mérito".

No final de abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação.

A Ribeiro e Rodrigues foram então impostas as medidas de coação de proibição do exercício de funções como diretor desportivo e a obrigação de apresentações semanais às autoridades policiais, além da proibição de contactar os restantes arguidos.

A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por "uso de métodos e/ou substâncias proibidas".

A 83.ª edição da Volta a Portugal é apresentada esta sexta-feira. A prova vai para a estrada entre os dias 4 e 15 de agosto, arranca com um prólogo em Lisboa, conta uma passagem por Espanha, em Badajoz, e termina com um contrarrelógio entre Porto e Vila Nova de Gaia.