Os partidos de esquerda viram aprovados esta sexta-feira três votos de congratulação pelo 10.º aniversário da legalização do aborto em Portugal.
A bancada social-democrata deu liberdade de voto e 13 deputados do PSD votaram a favor dos três votos de congratulação da esquerda, onde se incluíram alguns nomes da direcção, caso do vice-presidente da bancada Carlos Abreu Amorim, a ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz ou ainda Teresa Leal Coelho.
Catorze deputados do PSD optaram pela abstenção, entre os quais António Leitão Amaro, a vice-presidente do partido Teresa Morais e e José Matos Correia. No CDS não havia disciplina de voto, mas sim orientação para se votar contra. Apenas Teresa Caeiro usou da liberdade de voto e absteve-se.
O caso Jaime Nogueira Pinto
O caso da conferência cancelada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que ia ser proferida por Jaime Nogueira Pinto, a convite do movimento Nova Portugalidade, também foi alvo de acesa discussão no Parlamento.
O hemiciclo crispou-se, sobretudo, quando o dirigente bloquista Jorge Costa acusou as bancadas do PSD e do CDS de alinharem com a extrema-direita nesta matéria, o que levou a pateada na sala por parte de social-democratas e centristas e a sucessivas defesas da honra da bancada.
O voto de condenação pelo cancelamento da conferência foi aprovada pelo Parlamento.