O jornal “Le Monde” conta que a ordem de evacuação pode não se concretizar, uma vez que oito associações que estão no terreno e que ajudam os imigrantes pediram a suspensão da medida, a decisão vai ser anunciada ao início da tarde.
O “Liberation” diz que, mesmo com a destruição da zona sul, o problema mantém-se. Às 20 horas, homens, mulheres e crianças devem abandonar este local. O ministro do Interior Bernard Cazeneuve já garantiu que a retirada vai ser progressiva e vai ter em conta o respeito e a dignidade das pessoas.
O “Jornal de Notícias” conta que no passado domingo o actor Jude Law visitou este campo de refugiados para tentar sensibilizar David Cameron a acolher crianças que vivem no campo e que têm familiares no Reino Unido. O actor conseguiu mobilizar outros artistas como o actor Colin Firth. A visita de surpresa serviu de alerta à iminente expulsão de centenas de pessoas, uma vez que as autoridades se preparam para demolir mais de dois terços do terreno.
A saída do Reino Unido da União Europeia é outro tema que ainda dá muito que falar. Esta manhã o “Diário de Notícias” traça o perfil de Boris Johnson, o “mayor” de Londres que apelou ao Não no referendo e que pode assegurar 10 por cento do eleitorado. Conhecido pelas gaffes e pelas situações mais insólitas, o líder dos Liberais Democratas, pró-europeu, diz que ele “é cínico, um político profundamente ambicioso que está a usar o referendo como uma porta dos fundos para chegar ao número 10 de Downing Street”.
No “Times”, há uma carta assinada pelas principais empresas britânicas. Os patrões avisam que a saída do Reino Unido da União Europeia pode pôr em risco a economia britânica e milhões de postos de trabalho. Os gestores de grandes empresas como a British Telecom, Marks & Spencer ou BP juntam-se para argumentar que o acesso ao mercado único europeu tem permitido às empresas crescer e criar empregos. A carta, assinada por patrões de 36 das empresas que estão cotadas na Bolsa de Londres é uma importante ajuda ao Primeiro-ministro David Cameron, que vai fazer campanha pela permanência do Reino Unido na UE no referendo marcado para 23 de Junho.