O Presidente francês, Emmanuel Macron, apela a uma rápida ajuda ao Líbano.
Na abertura de uma videoconferência internacional de doadores organizada pela ONU e pela França, que reúne cerca de 15 dirigentes, Emmanuel Macron disse que as potências mundiais devem colocar de lado as diferenças que têm e apoiar o povo libanês.
“Apesar das nossas divergências, devemos unir-nos para apoiar o Líbano, agindo com rapidez e eficiência para coordenar nossa ajuda para que chegue da forma mais eficiente possível à população libanesa", disse o governante.
O Presidente francês pediu uma resposta internacional que deve ser coordenada pelas Nações Unidas.
"É hora de acordar e agir. As autoridades libanesas agora têm que colocar em prática as reformas políticas e económicas que estão a ser exigidas pelo povo. Só isso vai permitir que a comunidade internacional atue de forma eficiente lado a lado com o Líbano na reconstrução. Juntos temos que fazer tudo o que pudermos para que a violência e o caos não ganhem", afirmou Macron.
"É o futuro do Líbano que está em jogo. O futuro do povo libanês, mas também de toda a região”, considerou.
No sábado, o dia em Beirute foi de manifestações contra o governo devido às explosões de terça-feira. A ministra da Informação já se demitiu.
Nas próximas horas, espera-se que também o Ministro da Economia, o ministro da Educação e também do Ambiente renunciem ao cargo.
Entre os dirigentes está o Presidente norte-americano Donald Trump que justificou a participação por querer estar “ao lado de Beirute e do povo libanês” que “lamenta os seus mortos, exprime a sua raiva e quer levantar a cabeça” após a explosão que danificou parte da capital libanesa na terça-feira.
O Presidente francês insistiu na necessidade de “união” da comunidade internacional apesar das “condições geopolíticas” em redor do Líbano.
Macron acrescentou esperar que a Rússia e a Turquia, que “não poderia participar da videoconferência”, prestem apoio assim como Israel, que “manifestou interesse em prestar assistência”.
"Esta oferta de ajuda também inclui o apoio a uma investigação imparcial, confiável e independente das causas da catástrofe. É um pedido forte e legítimo do povo libanês. É uma questão de confiança. Os meios estão disponíveis e devem ser mobilizados", afirmou. disse.
Porém, nem o Presidente libanês, Michel Aoun, nem o líder do movimento xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, querem estrangeiros a participar na investigação, alegando a soberania do Líbano para gerir os seus assuntos.
Entre os participantes na videoconferência, além do anfitrião Micuel Aoun, estão o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, os primeiros-ministros de Espanha, Pedro Sánches, de Itália, Giuseppe Conte, e o secretário geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.