Futuro da Alemanha "não será decidido por donos de redes sociais": a mensagem de ano novo de Olaf Scholz
31-12-2024 - 14:48
 • Renascença

Chanceler alemão apela ao voto nas próximas eleições na mensagem de ano novo. Scholz diz que não será quem grita mais alto nem "proprietários de redes sociais" que decidirão o futuro do país, mas a maioria das pessoas ""razoáveis e decentes".

O chanceler Olaf Scholz afirma que "não é a pessoa que grita mais alto" nem os "donos das redes sociais" que decidem o futuro da Alemanha, na tradicional mensagem de ano novo.

Scholz reonhece que, nos debates, há uma maior atenção ao discurso daqueles que apresentam opiniões mais extremas, numa altura em que o país eassiste a discussões sobre imigração e a ascenção da extrema-direita alemã - o partido Alternativa para a Alemanha (AfD).

O comentário surge após o multimilionário Elon Musk, dono da rede social X, ter publicamente apoiado o AfD. Mas Scholz acrescenta que serão os alemães a decidir o que acontece na Alemanha e reforça que "não são donos das redes sociais que decidem isso". "É a grande maioria das pessoas razoáveis e decentes" que irão decidir o rumo do país, acrescenta.

O chanceler apela aos alemães que votem e se lembrem que as "eleições livres e justas são uma grande conquista".

Sobre o ataque ao mercado de natal no dia 20 de dezembro, onde cinco pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas, Olaf Scholz reforça uma ideia de comunidade, afirmando que a Alemanha é "um país onde as pessoas se unem. Isso pode ser uma fonte de força - especialmente em momentos difíceis como esse". O chefe do governo elogiou os agentes de segurança e saúde ao atentado, tal como os cidadãos que se mobilizaram a ajudar, como um comerciante que "passou a noite inteira fazendo chá para os feridos e socorristas. isso somos nós. Isso é a Alemanha".

A seguir ao atentado no dia 20, houve uma crescente desinformação partilhada nas rede social X. O chanceler afirma que estas coisas dividem e enfraquecem o país. A líder do partido AfD, Alice Weidel, descreveu o ataque como "ato de um islamista cheio de ódio".