Adeptos do Benfica e do Sporting envolveram-se esta quinta-feira numa troca de agressões no Campus da Justiça, em Lisboa.
O incidente aconteceu no final do debate instrutório do caso do atropelamento mortal do apoiante leonino Marco Ficini.
A pronta intervenção de vários agentes da polícia conseguiu separar os dois grupos e impediu que a situação ganhasse uma dimensão maior.
A PSP deteve um adepto do Benfica por resistência às autoridades, coação, injúrias e ameaças, apurou a Renascença junto de fonte policial.
A policia viu-se obrigada a atuar, primeiro, criando um cordão de segurança para afastar os adeptos dos dois clubes e, depois, recorrendo aos bastões para os dispersar.
O Ministério Público (MP) pediu, esta quinta-feira, o julgamento de Luís Pina, o homem acusado de atropelar mortalmente o adepto italiano Marco Ficini, junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, em abril do ano passado, assim como para todos os restantes 21 arguidos.
O MP deduziu acusação, em outubro do ano passado, contra 22 arguidos - 10 adeptos do Benfica com ligações à claque No Name Boys, que a direcção benfiquista diz não existir, e 12 adeptos do Sporting, da claque Juventude Leonina.
Luís Pina está acusado do homicídio de Marco Ficini e de outros quatro homicídios na forma tentada. Os restantes arguidos estão acusados de participação em rixa, dano com violência e omissão de auxílio.
No debate da instrução - fase facultativa em que é decidido por um juiz se os arguidos vão a julgamento - a procuradora do Ministério Público alegou que “nada foi feito em sede de instrução” e que “não foram feitas quaisquer diligências de relevo”, acrescentando que as declarações de seis dos nove arguidos que requereram a abertura de instrução “não podem abalar a prova que consta dos autos”.
Assim, a procuradora considerou que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC) tem de pronunciar (enviar para julgamento) os 22 arguidos nos exatos termos da acusação do MP.
[notícia atualizada às 16h12]