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Os militares começam, na quarta-feira, as operações de
desinfeção de cerca de 800 escolas em todo o país, para “a retoma do ensino”. O
anúncio foi feito esta terça-feira, em Évora, pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, no final da
visita ao Centro Militar de Saúde, na cidade.
Cravinho revelou que o processo vai ser feito de “forma faseada”, depois de um meticuloso trabalho de planeamento, “concentrando-se primeiro, em escolas prioritárias, que tenham tido utilização contínua”.
Um processo que “vai começar já amanhã [quarta-feira] em todo o país”, nas escolas que “vão ser utilizadas para as aulas dos 11.º e 12.º, contando com a colaboração “de 80 equipas de desinfeção, 60 do Exército e 20 da Marinha”, acrescentou.
Nas desinfeções vão estar envolvidos cerca de “400 militares”, estimando-se que o número de escolas abrangidas ronde “as 800 do ensino secundário”, de acordo com fonte do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
Na semana passada, numa audição na comissão de Defesa, no parlamento, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) afirmava que os militares iriam lançar uma "operação gigantesca"
Para assinalar, simbolicamente, o inicio destas operações na quarta-feira, o ministro da Defesa avança que, “em principio”, estará com o ministro da Educação "numa escola da Amadora”, embora ocorram mais ações “em simultâneo”, noutras zonas do país.
Visita a Évora
Gomes Cravinho falava aos jornalistas depois de ter visitado, de manhã, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e o Centro Militar de Saúde, instituições que estabeleceram uma parceria para a criação de uma Unidade de Internamento, com 20 camas, nas instalações do estebelecimento de saúde do Exército.
O ministro da Defesa esteve acompanhado pelo secretário de Estado adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, nomeado coordenador da execução do estado de emergência no Alentejo. Ambos participaram, ainda, num "briefing" sobre o papel das Forças Armadas no combate à covid19.
“As Forças Armadas têm trabalhado num leque muito alargado de frentes, pois ninguém estava a prever o surto que aconteceu”, afirmou o ministro, enaltecendo a competência e o profissionalismo dos militares, ao saberem “adaptar-se a circunstâncias inesperadas.”
Nas visitas que tem efetuado pelo país, Gomes Cravinho assegura que observa “Forças Armadas portuguesas extremamente capazes” de se adaptarem a novas circunstâncias.
“E fizeram-no”, prosseguiu, “adaptando os seus próprios quarteis e unidades militares para receberem doentes, quer seja adaptando as suas funções, por exemplo para num curto período de tempo, passarmos de cerca de 15 equipas de desinfeção para as 80 que temos esta semana.”
Sobre o número de infetados nas Forças Armadas, o governante revelou que, neste momento, são “58, dos quais dois, nas nossas forças nacionais destacadas no Afeganistão.”
Quanto ao estado de saúde destes militares, “o prognóstico é favorável e evolução muito positiva”, não havendo razões para “grande preocupação”.
Pelas contas do ministro, há agora “119 militares indisponíveis, por estarem em isolamento”, no entanto, é um número que “têm vindo a decrescer”, assegura.
[notícia atualizada às 00h30 de 29 de abril, com as localidades das primeiras escolas]