Benfica não deve confiar no bom momento frente ao FC Porto
21-12-2021 - 13:30
 • Carlos Dias , Inês Braga Sampaio (texto)

Diogo Luís, antigo jogador do Benfica, salienta que Jorge Jesus vai ter de ter um plano B para o clássico da Taça: "O que Rafa faz com as equipas pequenas não chega contra os grandes."

Diogo Luís, antigo jogador do Benfica, assume que a equipa de Jorge Jesus chega ao clássico da Taça de Portugal num bom momento, após duas goleadas, mas avisa que o FC Porto apresenta um desafio "diferente".

Em entrevista a Bola Branca, Diogo Luís salienta que o FC Porto "é uma equipa muito mais capaz" que Marítimo ou Famalicão, que o Benfica goleou nos últimos dois jogos, e que "vai criar muitas dificuldades".

"O Benfica chega ao clássico num bom momento de forma, assim como o FC Porto, mas a verdade é que são jogos diferentes. São duas equipas com outra capacidade, com outra dimensão. Não podemos comparar com Marítimo ou com Famalicão", salienta o antigo jogador encarnado.

Diogo Luís realça que, frente a Marítimo e Famalicão, o Benfica encontrou equipas que "queriam jogar a pressionar alto e que fazem quase um homem a homem a campo inteiro". Estratégia que permitia ao Benfica desbloquear, por exemplo, através dos movimentos de Rafa, a acelerar o jogo. A partir do momento em que estava a vencer, "o jogo ficava aberto" e o Benfica explorava as características de Darwin Núñez e Rafa.

Frente ao FC Porto, contudo, Jorge Jesus tem de preparar um plano B, porque "aquilo que Rafa faz contra as equipas pequenas normalmente contra as equipas grandes não chega". Assim, o extremo internacional português terá de "fazer coisas diferentes para aparecer no jogo".

Darwin só a atacar e os escudeiros de Luis Díaz


Entre Rafa e Darwin e Rafa e Everton, Diogo Luís escolhe a primeira dupla, com que o Benfica fica "muito mais forte". Ainda assim, o antigo jogador recomenda que Jorge Jesus dê menos tarefas defensivas ao goleador uruguaio, como acontece com Pedro Gonçalves no Sporting.

"O Darwin tem de ser sobretudo um jogador que esteja preparado para, quando o Benfica ganha a bola, atacar imediatamente o adversário. Ao fazer isso, vai condicionar muito a estratégia do FC Porto, que sabe que, se se expuser em demasia, nas suas costas vai estar um jogador com força e qualidade individual para explorar a profundidade", explica.

Uma das grandes armas do FC Porto para o clássico é Luis Díaz, que leva 14 golos e três assistências em 23 jogos. Diogo Luís avisa, contudo, que o Benfica tem de se preocupar também com os restantes jogadores, porque são eles puxam os cordelinhos para o extremo colombiano brilhar:

"Os pontas de lança do Porto trabalham muito para que os outros apareçam. Claro que tem de haver uma dupla proteção face ao momento que o Luis Díaz está a atravessar, mas, ao mesmo tempo, um cuidado adicional de forma a que a bola não chegue lá em condições."

O clássico da Taça de Portugal entre FC Porto e Benfica está marcado para quinta-feira, às 20h45, no Estádio do Dragão. Jogo com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.