Duas bases aéreas russas foram esta segunda-feira palco de explosões, levantando a possibilidade de a Ucrânia ter encontrado uma forma de atingir os bombardeiros russos de longo alcance utilizados nos ataques aéreos a infraestruturas ucranianas.
De acordo com meios de comunicação social russos, uma explosão ocorreu ao início da manhã na base aérea Engels-2, na região de Saratov, na Rússia, de onde descolam e onde aterram os bombardeiros Tu-95, que Moscovo tem usado nos ataques contra a Ucrânia.
A outra explosão teve lugar numa base militar perto da cidade de Ryazan, a cerca de 240 km de Moscovo. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas após a explosão de um camião de combustível, noticiou a imprensa estatal russa. Esta base acolhe também bombardeiros Tu-25 e Tu-22M.
Segundo o site Baza, que usualmente recorre a fontes dos serviços de segurança russos, o ataque à base Engels-2 tinha como alvo a pista da base aérea. Um outro meio de comunicação social russo independente, o Astra, adianta que dois bombardeiros Tu-95 com capacidade nuclear ficaram danificados na explosão. Nenhum citou as fontes destas informações.
As autoridades locais em Saratov disseram que estas informações estão a ser investigadas pelos serviços de segurança. O Kremlin informou que o Presidente russo, Vladimir Putin, já foi informado sobre os incidentes.
Sirenes de ataque voltam a soar em Kiev
Em resposta às explosões no seu território, a Rússia desencadeou entretanto novos ataques aéreos contra a Ucrânia, com as sirenes de alerta a fazerem-se ouvir em várias partes do país, incluindo na capital, Kiev.
"Já foram lançados vários mísseis", disse Yuriy Ihnat, um porta-voz da Força Aérea ucraniana, sem notícia imediata de quaisquer baixas ou danos materiais.
De acordo com o "Guardian", Moscovo está a preparar ataques com mais de 100 mísseis lançados por bombardeiros e, a par disso, com mísseis Kalibir lançados a partir do mar, antecipando-se que estes possam atingir a capital ucraniana ao início da tarde.
"Não ignorem os alarmes", pediu à população Andriy Yermak, porta-voz da presidência ucraniana.