O Exército israelita informou esta quarta-feira ao início da noite que o Hamas começou a libertar mais 12 reféns na Faixa de Gaza, no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sexto dia e expira na quinta-feira.
O Exército indicou, segundo a agência Associated Press, que os dois primeiros reféns foram transferidos para o Egito na noite de hoje e que os outros dez seriam libertados em breve.
Em troca, Israel deverá libertar 30 prisioneiros palestinianos, 15 mulheres e 15 crianças.
O Hamas anunciou hoje à tarde a libertação de duas mulheres reféns russas, mas fora do quadro do acordo de trégua negociado com mediação do Qatar, dos Estados Unidos e do Egito.
Com o objetivo de prolongar a trégua, os países mediadores estão a redobrar os seus esforços e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, terá conversações na quinta-feira em Israel e na Cisjordânia.
"Gostaríamos que esta pausa fosse prolongada", disse Blinken antes da sua partida, em Bruxelas. Esta extensão "significa mais reféns a voltar para casa e mais ajuda" para a Faixa de Gaza.
Após uma extensão inicial da trégua até quinta-feira às 07:00 locais (05:00 em Lisboa), uma fonte próxima do Hamas adiantou à agência France-Presse que o grupo concordou em estendê-la por mais quatro dias e libertar novos reféns israelitas, "sob o atual acordo e nas mesmas condições", mas nenhum entendimento foi ainda confirmado.
Até agora, no âmbito do acordo, o Hamas libertou 81 reféns -- 61 israelitas e 20 estrangeiros -- enquanto Israel entregou 180 palestinianos, todos mulheres e crianças.
A guerra começou em 07 de outubro, quando o grupo islamita Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, atacou de surpresa Israel, matando mais de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas, fazendo também mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e passou a bombardear diariamente a Faixa de Gaza, onde desencadeou entretanto uma invasão terrestre, além de bloquear a entrada de bens essenciais como água, combustível e medicamentos.
Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita na Faixa de Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas.