Os Estados Unidos garantem ajuda humanitária à Síria, mas negam quaisquer conversações com o governo de Bashar al-Assad, que consideram ilegítimo, avança a Al Jazeera.
Depois dos dois violentos sismos que abalaram a sul da Turquia e o norte da Síria, esta segunda-feira, a administração Biden diz estar "comprometida" com o envio de ajuda, mas que seria "irónico, senão mesmo contraproducente, contactar um governo que tem brutalizado o seu povo ao longo de 12 anos".
Em vez disso, Washington deverá apoiar organizações não-governamentais: "Nós temos parceiros [de ajuda] humanitária no terreno que podem providenciar o tipo de assistência necessária após estes trágicos sismos", salientou Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado.
Já na segunda-feira, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, apenas encetou contactos oficiais com o governo de Ancara. Ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, Blinken expressou os seus pesâmes e confirmou que a assistência norte-americana "já estava a caminho".
O secretário de Estado prometeu ainda fazer "tudo o que puder", em coordenação com Ancara, para "assistir as vítimas do sismo tanto na Turquia, como na Síria", refere a nota do Departamento de Estado.
Pouco depois do eclodir da guerra civil na Síria, Washington deixou de reconhecer o governo de Damasco, suspendendo quaisquer relações diplomáticas. Desde 2012, os EUA classificam o regime de Bashar al-Assad como um Estado ditatorial.
Na atualização mais recente sobre os abalos que têm afetado a região da fronteira entre Turquia e Síria, registam-se mais de 4.300 mortos e mais de 19 mil feridos. Milhares continuam desaparecidos e as operações de resgaste continuam esta terça-feira.