A Polícia de Segurança Pública recebeu em 2019 um total de 900 denúncias de violência entre namorados e mais de 1.200 denúncias de violência entre ex-namorados.
Em comunicado, a PSP explica que estes são totais aproximados, uma vez que a estatística global de 2019 ainda se encontra em consolidação.
A grande maioria das vítimas é do sexo feminino, entre os 18 os 24 anos. Os homens são maioritariamente vítimas neste contexto na faixa etária entre os 25 e os 34 anos.
Entre hoje e 19 de fevereiro a PSP realiza, através das Equipas do Programa Escola Segura, a Operação "No Namoro não há Guerra".
A PSP explica ainda que esta operação, que coincide com o assinalar da data do dia dos namorados (14 de fevereiro) tem como objetivo a realização de ações de sensibilização junto dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, promovendo a prevenção da violência no namoro e violência doméstica.
"Num dia especial, que se pretende repleto de sentimento e simbolismo positivos, a Polícia de Segurança Pública (PSP) não poderia ficar indiferente e, por isso, reforça o compromisso de manter a aposta na promoção ações de sensibilização visando, genericamente, a prevenção da violência doméstica e, especialmente, no âmbito do namoro", refere a PSP.
Durante o ano letivo de 2018/2019, no âmbito do programa Escola Segura, foram realizadas 1.335 ações específicas sobre a temática da violência do namoro, envolvendo 35 212 alunos a nível nacional.
Neste Dia dos Namorados o Governo lança uma campanha de prevenção com o lema "#Namorar não é ser dono".
“Uma das dimensões mais assustadoras dos números é sabermos que cerca de 58% dos jovens dizem já ter passado por uma situação destas e 67% olha para as situações que descreve e diz que são normais”, descreve à Renascença a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.
Segundo Mariana Vieira da Silva, o objetivo principal desta campanha é desconstruir a ideia de que a violência é algo normal. “Identificar e dar exemplos de práticas destas para podermos desmontar e dizer que não é normal. Que é crime e é preciso pedir ajuda e fazer queixa.”
[notícia atualizada às 9h00 de dia 14]