O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, foi recebido em Hiroshima, este sábado, para participar da cimeira do Grupo dos Sete (G7), onde teve reuniões bilaterais consecutivas com líderes mundiais.
Durante o dia, Zelenskiy reuniu-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak, entre outros.
"A França esteve lado a lado com a Ucrânia desde o início. Estaremos aqui até o fim", disse Macron a Zelenskiy.
A visita do líder ucraniano ao Japão acontece depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer aos líderes do G7, na sexta-feira, que Washington apoia a "iniciativa conjunta para treinar pilotos ucranianos em caças de quarta geração, incluindo os F-16", enquanto Kiev procura aumentar o seu poder aéreo contra a Rússia.
A decisão foi descrita como "histórica" pelo Presidente Zelensky, que disse esperar "discutir a implementação prática" do plano em Hiroshima.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também deixou claro o seu apoio ao "diálogo e à diplomacia para encontrar um caminho a seguir", lê-se na conta oficial do seu gabinete no Twitter.
Zelenskiy disse num post na rede social Telegram que transmitiu as necessidades humanitárias da Ucrânia, informou Modi sobre a fórmula de paz ucraniana e "convidou a Índia a se juntar à sua implementação".
A cimeira do G7 deve dar ao líder ucraniano uma hipóteses de conseguir apoio das democracias mais ricas do mundo e de sondar os líderes do "Sul Global" com laços antigos com a Rússia.
A presença de Zelenskiy em Hiroshima, a primeira cidade a sofrer um ataque nuclear, também colocou em relevo as preocupações ocidentais sobre a ameaça nuclear apresentada por Moscovo.
Os líderes do G7 - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Canadá - estão a enfrentar os desafios impostos pela invasão russa da Ucrânia e as tensões com a China, principalmente sobre segurança económica e Taiwan, a ilha autogovernada que Pequim afirma como território próprio.
No início do encontro, os sete países anunciaram um novo pacote de sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar a guerra contra a Ucrânia.
Desconhece-se o número de mortos e feridos desde o início da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.