O líder da UGT, Carlos Silva, reafirma em declarações ao programa “Terça à Noite” da Renascença a sua oposição a um Governo de coligação à esquerda.
Numa entrevista em que sublinha que o mais importante é que se chegue a uma “solução estável e duradoura”, Carlos Silva diz que a sua opinião pessoal mantém-se: "Não sou um cata-vento, não penso hoje uma coisa e amanhã outra”.
O líder sindical acrescenta: “Estamos num momento em que a democracia permite a liberdade de expressão, sendo eu ou não secretário-geral da UGT e eu não sou um secretário-geral da UGT verbo-de-encher”.
Carlos Silva diz ter consciência “de que isto não vai virar tudo cor-de-rosa pelo Dr. António Costa ser o próximo primeiro-ministro, como julgo que virá a acontecer”.
O líder da UGT considera justo que as medidas de austeridade sejam revertidas, mas alerta: “Temos é que perceber se o país tem condições para ir ao encontro delas.”
Nesta entrevista à Renascença, o secretário-geral da UGT diz que “há uma alteração em relação àquilo que era a génese do Partido Socialista”, mas considera que “é o PCP que tem que dar provas ao país de que está mais disponível para assumir determinados compromissos, não só em termos nacionais mas como internacionais”
O sindicalista rejeita a ideia de que um Governo de esquerda venha a retirar protagonismo à concertação social, lembrando as responsabilidades do PS em não quebrar o diálogo com “empresários, empregadores e sindicatos”.
Já quanto a uma mudança nas relações entre a UGT e a CGTP, Carlos Silva é claro: “Não acredito nas máscaras, isso é só para o Carnaval”.